VIPER – TO LIVE AGAIN TOUR
Quando
li a notícia de que o Viper faria uma turnê tocando os dois primeiros álbuns da
banda, tive a mesma sensação de quando li que o Megadeth tocaria Rust in
Peace na íntegra em 2010 em Porto Alegre. Aliás, foi nesse show que conheci
o Fuga. Agitador, empresário, blogueiro, roqueiro, guerreiro e demais
qualidades que concernem a um interiorano que curte a boa música e faz dela seu
“projeto de vida”.
Pois
bem, conversas vão, conversas vêm e estive no Teatro do CIEE dia 21 de julho de
2012 - com minha “brother” Rubi, menina roqueira, do bem. Um sábado em
Porto Alegre; um histórico sábado na capital de todos os gaúchos; e a pedido de
meu brother Fuga cá estou a compartilhar essa experiência. Compartilhar
a experiência de ver o Viper desfilar os álbuns Soldiers of Sunrise e Theatre
of Fate de forma festiva, correta, divertida, eletrizante. Meu
primeiro show em um teatro!
Viper em ação, foto: Rubiane Neumann |
Local
agradável, clima “caseiro”, sem mais delongas, tem-se início a realização de um
sonho: já vi Sepultura com Max, Ratos de Porão, vi Ramones, ACDC, Iron
Maiden... e estar presente nesse momento foi sim a realização de mais um sonho!
Coisa de menino... Do interior... O som embolado do começo da apresentação
foi-se ajeitando música a música até que atinge a nitidez em “Soldiers of
Sunrise”! Ao que o público entoava emocionado: “Die! Hate! Time! Death”... e
André Matos segurando firme o refrão. Algumas pessoas mais contidas na plateia,
outras agitando a cabeleira como nos “velhos tempos”... Com direito a André pedindo
chimarrão, Pit Passarel tendo seu destaque merecido como um excelente front
man “auxiliar”. Aliás, um show à parte assistir a Pit tomando conta
literalmente e às vezes “ofuscando” André Matos que parecia não se importar nem
um pouco deixando de lado (se é que algum dia existiu) a má-fama de estrelão. E
o público? Como de praxe, apresentou o Hino Rio-grandense quando desafiados por
Pit e André. Belíssima intervenção.
Ao
término de “Law of the Sword”, um intervalo e a exibição em um telão de trechos
do dvd Viper 20 Years até, exatamente, quando concluem as histórias – muito
engraçadas por sinal – da gravação de Theatre of Fate: eles o chamam de
“A capa do homem nu sem pinto”. Hilário! Falam do produtor Roy Rowland que
mudou de baterista na última hora e então Sérgio Facci (Vodu) gravou o álbum
inteiro. E, entre aplausos e ovações da galera, surge “Illusions” em playback
e a banda retorna aos poucos e na contagem das baquetas inicia-se “At least a
chance” e o resto já se sabe: muitos solos de guitarra, o som já estava nítido
o suficiente para perceber que André Matos continua com o vozeirão de sempre,
Pit volta a dar show de “sensualidade” ao apresentar a banda nos quinze (!!!)
minutos de “Living for the night”. Ordem alterada e a última foi “Prelude to oblivion”
– a música mais impressionante do Viper em minha opinião: algo devastador e
melódico... uma hecatombe musical! E de lambuja nos foram lançados hits
da fase pós-André Matos: “The spreading soul”, “We will rock you” e “Rebel
Maniac”.
Felipe Machado (guitarrista Viper) e Márcio no backstage |
Ainda
com o guitarrista Felipe Machado da formação original e contando com Hugo
Mariutti na outra guitarra e Guilherme Martin na patrola, digo bateria, o Viper
fez muitos anos de espera valerem a pena. E nossa visita ao backstage e
um bate-papo amigável com todos os integrantes deu-nos a impressão de estarmos
realmente diante de amigos de adolescência, daqueles amigos que sabem a
importância que sua amizade tem para nós. Amigos, brothers como o Viper,
o Fuga e a Rubi.
Um comentário:
Ambas as fotos são da Rubi... fotógrafa oficial dos shows de rock...
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